9 de jul. de 2010

Kill Bill


   Kill Bill é um grande nome do cinema e o filme que tornou conhecido Tarantino. Misturando de tudo um pouco e com tanto sangue capaz de pertencer a uns 50 homens Kill Bill chamou a atenção na época como um filme que quebrava o limite do "aceito", sendo exacerbado e forte.
   Gosto de Kill Bill pela forma que foi apresentado, se bem que tem alguns pontos que poderiam ser arrumados...

Kill Bill - Volume 1
Kill Bill
EUA-Japão, 2003 - 111 min
Ação, Aventura


Direção
Quentin Tarantino

Roteiro
Quentin Tarantino e Uma Thurman

Elenco
Uma Thurman, David Carradine, Lucy

Liu, Vivica A. Fox, Michael Madsen,
Daryl Hannah



   Kill Bill é um filme sobre vingança, como o próprio Tarantino falou. Conta a história da Noiva, interpretada por Uma (duas, três) Thurman, que no dia de seu casamento é atacada pelo Esquadrão Assassino de Víboras Mortais, seu antigo grupo, após tentar deixá-los para viver sua vida ao lado de seu bebê. A primeira cena do filme resumo o quanto ele é, digamos, leve: Bill aparece caminhando em direção à Noiva (que na verdade se chama Beatrix) e dá um tiro na cabeça dela e a deixa morrer.

   Recuperada após 4 anos em coma, Beatrix sai em busca de vingança, indo para o Japão atrás de sua primeira vítima, O-Ren Ishii. Ela se encontra com Hattori Hanzo e pede uma espada, recebendo 1 mês depois. Então começa uma batalha em um restaurante onde ela mata todos os capangas da O-Ren e depois finaliza a primeira parte de sua vingança. Lembre-se que até o final do filme, o sangue equivalente a 50 homens é derramado.

   A trilha de Kill Bill é muito bem inserida no filme e é usada muito por um programa nada sensacionalista aqui do Brasil (superpop). Whatever, no capítulo Confronto na Casa das Folhas Azuis tem a participação de um grupo de rock japonês chamado The 5,6,7,8's. Pois é, criativo, eu sei. Elas tocam aquela música que se ouvir uma vez fica na sua mente, chamada Woo-Hoo. Ainda assim a trilha de Kill Bill é muito boa.

   Uma coisa que não gostei em Kill Bill é a inserção de temas totalmente opostos. Vi no Making of e não acreditei quando Tarantino disse que ele fez isso de propósito. O filme é uma mistura de velho-oeste com samurais, plantão-médico e séries estilo Jack Chan. Essas quebras de temas acabam ficando cansativas e uma se sobrepõe na outra. Além disso temos um anime no meio do filme, explicando a origem de O-Ren. Gostei do anime, por que combina com o tema central, que é luta oriental, com espadas e tudo mais. Mas velho-oeste (o xerife no local do ataque à Beatrix) e plantão-médico (Beatrix em coma e Elle Driver de enfermeira) não ficaram bons.

   Fora isso temos o dedo de Tarantino aparecendo novamente. Não é ruim, é até bom ele ter uma marca dele. Estou falando da divisão do filme em capítulos. Isso não é agressivo, não quebra o enredo e ainda ajuda um perdido de plantão a se localizar no filme. Ah sim, outro ponto que achei um total exagero e ficou ruim no filme: o sangue. Pelo amor de Deus, me diga quando um ser humano espirra sangue daquela forma. Parece que vira uma fonte, sei lá. Além disso o sangue ficou muito artificial, muito líquido. O sangue geralmente é mais espesso, mais concentrado. Podia ter ficado melhor...
   Apesar de tudo, Kill Bill é um filme que vai ser muito lembrado pela qualidade da direção e do enredo.

Artigos Relacionados

1 comentários:

Alessandra Ramos disse...

É um grande filme e tem o mérito de "mostrar" o Tarantino para o grande público. Eu gosto.

11 de julho de 2010 às 20:21

Postar um comentário