31 de jan. de 2010

2012 - Fim de mundo cansativo


   2012 foi muito falado, discutido, criticado e esperado por várias pessoas no Brasil. Por quê? Porque a midia brasileira ficou falando e repetindo por quase dois meses que "Filme estrangeiro destrói Cristo Redentor". Sério, sabe aquelas cena em filmes-catástrofe que aparece um dos atores vendo uma notícia na televisão que determinado ponto foi destruído. Pois bem, essa foi a atuação de Cristo Redentor no filme 2012. No máximo durou 10 segundos. E fez todo esse alarde.
   Confesso, fiquei entusiasmado com o filme, não esperava a hora dele estrear. Quando estreou, fiquei decepcionado. Tudo bem, os efeitos são surpreendentes e muito bem feitos, mas como diz um amigo meu: "os efeitos não fazem um bom filme". E neste caso está completamente certo.


   O filme não tem estrutura, não tem enredo, tudo o que você vê é prédio caindo e desastres. Tá, é um filme sobre o fim do mundo, tudo quebra, coisa e tal. Mas coloca uma história pelo menos. Existem filmes que tudo acaba, ou pelo menos parte de tudo, e têm uma história que envolve e prende.
    Lembro que na sala de cinema, a primeira vez que olhei no relógio tinha passado uma hora de filme e pensei: "nossa, já?". Posso garantir, a última hora foi desgastante, passou muito devagar ou o filme que não prendia o público. É cansativo, você acaba ficando com vontade de não voltar, e de pedir seu dinheiro de volta. O cinema tem que ser algo divertido, algo que faça você perder horas se entretendo e não ficar esperando pra ir embora. Decepcionante.


   O pior é a propaganda que teve por detrás deste filme. O tanto que foi falado sobre ele, desde o começo do ano fazia com que parecesse um filme grandioso, gigantesco, totalmente novo. A única coisa que vi melhor são, como já disse, os efeitos extremamente realísticos, mas do resto muito debilitado. Avatar estreou um mês depois e lembro de a única coisa que ouvi falar dele foi algo bem pequeno sobre "Cameron volta a fazer filmes depois de 13 anos". Ou seja, 2012 ficou cheio de propaganda e expectativa e não alcançou o objetivo, enquanto Avatar chegou ao topo das bilheterias.
   Eu assistiria 2012 de novo, mas só para tentar entender algo. Tudo começa tão rápido e continua em uma velocidade tão estranha que você não consegue acompanhar o filme. Você chega no final sem lembrar o começo. Em resumo: com efeitos bons mas sem estrutura e sem enredo.



NOTA FINAL PARA 2012:

Especial BAFTA - Os indicados


    Dia 21 de Fevereiro será feita a premiação do BAFTA (British Academy of Films and Television Arts), considerado o Oscar Britânico. Semana passada, dia 21, saiu a lista dos indicados. Avatar, Guerra ao Terror e Educação lideram com sete indicações cada. É esperado que Avatar ganhe o BAFTA de melhor filme, como ocorreu no Globo de Ouro e se isso ocorrer, é bem provável Cameron colocar mais um Oscar em seu armário. (Fonte: R7)



          Melhor Filme
  • Avatar
  • Educação
  • Guerra ao Terror
  • Preciosa – Uma História de Esperança
  • Amor sem Escalas
         
          Melhor Filme Britânico
  • Educação
  • Fish Tank
  • In The Loop
  • Lunar
  • Nowhere Boy

          Melhor Estreia de Roteirista, Diretor ou Produtor Britânico
  • Lucy Bailey, Andrew Thompson, Elizabeth Morgan Hemlock, David Pearson – Diretores/Produtores de Mugabe And The White African
  • Eran Creevy – Roteirista/Diretor de Shifty
  • Stuart Hazeldine – Roteirista/Diretor de Exam
  • Duncan Jones – Diretor de Moon
  • Sam Taylor-Wood – Diretor de Nowhere Boy

          Melhor Diretor
  • James Cameron – Avatar
  • Neill Blomkamp – Distrito 9
  • Lone Scherfig – Educação
  • Kathryn Bigelow – Guerra ao Terror
  • Quentin Tarantino – Bastardos Inglórios

          Melhor Roteiro Original
  • Jon Lucas, Scott Moore – Se Beber, Não Case
  • Mark Boal – Guerra ao Terror
  • Quentin Tarantino – Bastardos Inglórios
  • Joel Coen e Ethan Coen – Um Homem Sério
  • Bob Peterson e Pete Docter – Up – Altas Aventuras

          Melhor Roteiro Adaptado
  • Neill Blomkamp e Terri Tatchell – Distrito 9
  • Nick Hornby – Educação
  • Jesse Armstrong, Simon Blackwell, Armando Iannucci e Tony Roche – In The Loop
  • Geoffrey Fletcher – Preciosa – Uma História de Esperança
  • Jason Reitman e Sheldon Turner – Amor sem Escalas

          Melhor Filme Estrangeiro
  • Abraços Partidos (Espanha)
  • Coco Antes de Chanel (França)
  • Deixa Ela Entrar (Suécia)
  • Un Prophéte (França)
  • A Fita Branca (Alemanha)

          Melhor Animação
  • Coraline
  • O Fantástico Sr. Raposo
  • Up – Altas Aventuras

          Melhor Ator
  • Jeff Bridges – Crazy Heart
  • George Clooney – Amor sem Escalas
  • Colin Firth – Direito de Amar
  • Jeremy Renner – Guerra ao Terror
  • Andy Serkis – Sex & Drugs & Rock & Roll

          Melhor Atriz
  • Carey Mulligan – Educação
  • Saoirse Ronan – Um Olhar do Paraíso
  • Gabourey Sidibe – Preciosa – Uma História de Esperança
  • Meryl Streep – Julie & Julia
  • Audrey Tautou – Coco Antes de Chanel

          Melhor Ator Coadjuvante
  • Alec Baldwin – Simplesmente Complicado
  • Christian McKay – Me and Orson Welles
  • Alfred Molina – Educação
  • Stanley Tucci – Um Olhar do Paraíso
  • Christoph Waltz – Bastardos Inglórios

          Melhor Atriz Coadjuvante
  • Anne-Marie Duff – Nowhere Boy
  • Vera Farmiga – Amor sem Escalas
  • Anna Kendrick – Amor sem Escalas
  • Mo’Nique – Preciosa – Uma História de Esperança
  • Kristin Scott-Thomas – Nowhere Boy

          Melhor Trilha Sonora
  • Avatar – James Horner
  • Crazy Heart – T-Bone Burnett, Stephen Bruton
  • O Fantástico Sr. Raposo – Alexandre Desplat
  • Sex & Drugs & Rock & Roll – Chaz Jankel
  • Up – Altas Aventuras – Michael Giacchino

          Melhor Fotografia
  • Avatar – Mauro Fiore
  • Distrito 9 – Trent Opaloch
  • Guerra ao Terror – Barry Ackroyd
  • Bastardos Inglórios – Robert Richardson
  • A Estrada – Javier Aguirresarobe

          Melhor Edição
  • Avatar – Stephen Rivkin, John Refoua, James Cameron
  • Distrito 9 – Julian Clarke
  • Guerra ao Terror – Bob Murawski, Chris Innis
  • Bastardos Inglórios – Sally Menke
  • Amor sem Escalas – Dana E. Glauberman

          Melhor Desenho de Produção
  • Avatar
  • Distrito 9
  • Harry Potter e o Enigma do Príncipe
  • O Imaginário de Doutor Parnassus
  • Bastardos Inglórios

          Melhor Figurino
  • Uma Estrela Brilhante
  • Coco Antes de Chanel
  • Educação
  • Direito de Amar
  • A Jovem Vitória

          Melhor Som
  • Avatar
  • Distrito 9
  • Guerra ao Terror
  • Star Trek
  • Up – Altas Aventuras

          Melhores Efeitos Especiais
  • Avatar
  • Distrito 9
  • Harry Potter e o Enigma do Príncipe
  • Guerra ao Terror
  • Star Trek

          Melhor Maquiagem
  • Coco Antes de Chanel
  • Educação
  • O Imaginário de Doutor Parnassus
  • Nine
  • A Jovem Vitória

          Melhor Curta de Animação
  • The Gruffalo
  • The Happy Duckling
  • Mother of Many

          Melhor Curta
  • 14
  • I Do Air
  • Jade
  • Mixtape
  • Off Season

Fim dos Tempos - Plantas Vs Humanos


   Fim dos Tempos, mais um que acaba com quase tudo. Apesar da "arma" usada contra NY desta vez ser mais natural do que meteoros e ondas gigantes que surgem do nada. No filme, são as plantas que nos atacam, mas nada de árvores monstros correndo atrás das pessoas, é algo mais sutil, mais calmo. Uma neurotoxina capaz de atrapalha nosso cérebro faz com que as pessoas ataquem a si mesmas, se suicidando.
   Sinopse: Em questão de minutos estranhas mortes ocorrem em várias das principais cidades dos Estados Unidos. Elas coincidem em dois pontos: desafiam a razão e chocam pelo inusitado com que ocorrem. Sem saber o que está ocorrendo, o professor Elliot Moore apenas quer encontrar um meio de escapar do misterioso fenômeno. Apesar dele e sua esposa Alma estarem em plena crise conjugal, os dois decidem partir para as fazendas da Pensilvania juntamente com Julian, um professor amigo de Elliot, e Jess, a filha dele de 8 anos. Lá eles acreditam que estarão a salvo, o que logo se mostra um equívoco. (sinopse por Adoro Cinema)


   Fim do tempos traz uma série de mudanças nos filme de gênero. Pra começar, as plantas ganharam destaque, ou melhor, o papel principal. Antes eram figurantes, e só se aparecessem, agora elas "atuam" lançando partículas que alteram a consciência humana, fazendo todos se matarem.
    Ponto bom: o filme se tornou ecológico em certo ponto, já que segundo Eliot, as plantas fizeram isso por nós sermos uma ameaça à elas; Ponto ruim: madeireiras podem usar como argumento o fato de que árvores podem nos matar. Faz algum sentido? Bom, o fato é que no filme, quanto mais gente junta, mais fácil do pó ser liberado e no decorrer do filme o número de pessoas necessárias para ativar o pó vai caindo.


   Um ponto interessante é como tudo começa de repente e termina mais de repente ainda. Dá um sensação que nós sabemos tanto quanto as pessoas do filme, ou seja, nada. Outro fator interessante é o foco nos três personagens, nada de mostrar Paris sendo vitimada ou Tóquio em chamas, não não, apenas as três pessoas já bastam. Isso foi bom, dar um foco no filme, lembrando bastante Cloverfield, onde só um grupo de quatro pessoas é o foco, além do monstro, claro.
   O filme erra ao escolher a costa leste como locação. Tudo bem, quanto mais gente, mais fácil soltar o pó e a costa leste é o local que mais tem pessoas nos EUA, mas poderia variar um pouco. Que tal São Francisco? Los Angeles? Seattle ou Las Vegas? Ora, elas também podem ter seu dia de destruição. Em resumo, Fim dos Tempos acerta no agente destruidor mas cai na mesmice por conta da locação.


NOTA FINAL PARA FIM DOS TEMPOS:

30 de jan. de 2010

As maiores bilheterias do mundo


   Devido ao grande sucesso de Avatar, a lista das maiores bilheterias do mundo sofreu uma pequena mudança. Avatar cavalgou sobre os ganhos e chegou ao topo. Parabéns, tudo muito lindo e muito belo. Sem mais delongas, vamos ao top five das bilheterias mundiais:


TOP FIVE BILHETERIAS
(EM BILHÕES)
  1. AVATAR - US$ 1,858
  2. Titanic - US$ 1,842
  3. Senhor dos Anéis: O retorno do Rei - US$ 1,119
  4. Piratas do caribe: O baú da morte - US$ 1,066
  5. Batman: O cavaleiro das Trevas - US$ 1,001



   Acontece que há uma outra lista, que, digamos, seja a mais realista de todas, a lista dos filmes de maior bilheteria corrigidas pela inflação do dólar. É rapaz, a correção monetária quebra a perna de qualquer um, até de James Cameron. Bem, vamos a lista real:


TOP FIVE BILHETERIAS
(CORRIGIDAS PELA INFLAÇÃO, EM BILHÕES)

  1. E O VENTO LEVOU - US$ 6,000
  2. Star Wars - US$ 2,800
  3. Branca de Neve - US$ 2,770
  4. Titanic - US$ 2,600
  5. Tubarão - US$ 1,890
   Pois é, nem Titanic escapou da correção. E quem diria, Branca de Neve! O primeiro longa metragem de animação, feito por Walt Disney. Você deve estar se perguntando: "oh tio, cadê o Avatar hein?". Calma crianças, Avatar aparece na lista, em 12º com US$ 1,130.
   No final das contas, o recorde de 1939, pertencente à E o vento levou, continua de pé. Mais sorte da próxima vez Cameron.


    Sem Reservas - Delicioso drama


       Sem reservas surpreende por ser simples e ao mesmo tempo emocionar. A bordo de um restaurante em Manhattan, conhecemos Kate, um chef possessiva e até certo ponto neurótico por trabalho. Ela está esperando a chegada de sua irmão com sua sobrinha, até que algo muda por completo a situação. vítima de um acidente, Zoe tem agora que ser amparada pela tia, que se vê sufocada pelo trabalho e pela nova responsabilidade. Até que um dia, conhece Nick, um excêntrico chef que para ela, ameaça a ordem em sua cozinha. Ao decorrer do filme, Kate aprende a gostar de Nick e vê nele a oportunidade de formar uma família com Zoe.


       Como podemos ver, o enredo não é lá tudo isso, mas com a atuação de grandes atores como Catherine Zeta-Jones, Aaron Eckhart e Abigail Breslin, o filme acaba tendo o toque certo para um drama. Aliás, um drama até que divertido em certas partes, nada daquele dramalhão mexicano, coisa séria mesmo.
       Além disso, nós fazemos uma viagem por dentro do coração de um restaurante, que é a cozinha. Particularmente, sempre tive curiosidade de saber como se trabalhava dentro da cozinha de um restaurante. Mas o foco principal é a difícil adaptação de Zoe com a tia e vice-versa. è interessante ver as duas pessoas evoluindo para enfim se aceitarem de verdade. Sem reservas é um filme delicioso do começo ao fim, onde cada personagem, cada conflito é vivenciado do começo ao fim do filme. Vale a pena conferir.


    NOTA FINAL PARA SEM RESERVAS:

    29 de jan. de 2010

    Eu sou a lenda - O que restou



       Eu sou a lenda é um dos poucos filme que apresentam uma nova nova humanidade, sendo esta composto quase que exclusivamente de zumbis. O cenário é NY no melhor do documentário Life After People, do History Channel, totalmente entregue à natureza. Devo admitir, os efeitos foram ótimos, mas nem por isso a história é. Tudo começa com o cenário pós-apocalipse em que se encontra o Dr. Robert Neville, que é imune ao novo vírus nascido de uma vacina contra o câncer. Esse vírus matou metade da população mundial e deixou a outra metade como zumbis. 
       Robert tenta constantemente criar um antídoto a partir de seu sangue sempre sem sucesso. Toda noite, Robert tem que se trancar dentro de casa, fortificada com aço nas janelas e portas, para se proteger dos zumbis. Ao lado de sua cadela, fica vasculhando a cidade, de dia claro, para achar os locais onde os zumbis ficam (não sei por quê). Em um destes locais, Robert consegue raptar uma zumbi e levar para seu laboratório, fazendo testes de antídotos nela.


       Até que do nada, ou melhor, de São Paulo, surge Alice Braga com seu filho. Ela tenta convencê-lo a ir para um dos abrigos que os humanos restantes construíram. O filme tem dois finais totalmente diferentes, mas em ambos o antídoto é encontrado.
       Esse sem dúvida não é um filme de zumbi igual aos outros. Os zumbis aqui são realmente ferozes, porém não realistas. O diferencial do filme REC, por exemplo, é que nele os zumbis não abrem a boca de forma horrenda, mas são muito pacíficos. No Eu sou a lenda, os zumbis são mais agressivos, mas não assustam, são só feios. Whatever, podia ficar melhor. Algumas cenas foram realmente filmadas em NY, onde vias foram fechadas e enchidas de mato, carros enferrujados e plantas, outras foram por computação, mas asseguro que é imperceptível a diferença.


       Algo que mostra no filme, que é lotado de flashbacks da família de Robert, é o quão doloroso pode ser ficar solitário, tendo apenas um cachorro como companhia. Em uma das cenas, que se passa em uma locadora, Robert havia colocado manequins de lojas para fazer de conta que havia outros além dele. Triste.
       O mais assustador do filme é o pensamento de só você existir em todo mundo. Isso é pertubador, faz com que você pense "legal, posso fazer tudo o que quiser", mas depois você acaba enlouquecendo. Sem dúvida, Eu sou a lenda é surpreendente, mas erra em um ponto, a locação. Tudo bem, serve pra mostrar que todo o mundo ficou abandonado, mas se fosse algo menor do que uma metrópole, o filme seria mais denso. Resumindo: Bom filme, mas poderia melhorar.


    NOTA FINAL PARA EU SOU A LENDA:

    O diabo veste Prada - A moda em xeque


      O diabo veste Prada é o típico filme cinderela, a personagem principal é "feia-gorda-desleixada" e que ao decorrer do filme, se transforma em uma top model. Nisso não há dúvida. Mas esse filme vai além, criticando a ditadura da beleza e valorizando o profissionalismo. Sem contar do grande elenco, como Meryl Streep e Anne Hathaway e uma pontinha minúscula, quase imperceptível de Gisele Bündchen.
      Vamos ao filme. Andrea é uma recém formada jornalista que sonha em trabalhar para um grande jornal nova iorquino, mas não tem muito sucesso. Então é chamada por uma editora de revistas, a Elias-Clark, e assim acaba entrando pro universo da Runnay, uma badalada revista de moda. A editora chefe, Miranda, é a personificação da crueldade na terra e pede coisas impossíveis de serem obtidas, como o manuscrito do livro do Harry Potter.
       Entre pedidos de roupas e esculachos pelo modo de vestir, Andrea aprende a domar a chefe, sendo a mais profissional da revista. Miranda acaba gostando de Andrea e a convida para a Paris Fashion Week, o evento de maior importância para a revista. Mas para ir, Andrea tem que por à prova sua recém amiozade com a outra assistente, Emily, dizendo que ela vai à Paris no lugar dela. Isso não foi bem aceito por Emily, por que ela ficou praticamente em pele e osso para ir para Paris. Além disto, a vida pessoal de Andrea acaba, perde amigos e o namorado, tudo por culpa da chefe. Ao final, Andrea é aceita por Miranda, mas Andrea desiste do trabalho e acaba indo trabalha para um jornal.


       O legal deste filme é mostrar como o mundo da moda realmente é, não só modelos magras desfilando roupas caras, e sim um árduo trabalho por trás, para selecionar peças, escolher modelos, definir capas e tudo mais. Anne Hathaway dá o toque jovem a trama, com sua evolução de patinho feio para super model (convenhamos, ela é especialista nisso, é só ver O diário da princesa 1 e 2). Além da fabulosa Meryl Streep, com toda sua experiência. Se a chefe deveria ser o diabo na terra, não conseguiram, por que Meryl fez melhor, ela deu um ar humano, mas mesmo assim super cruel.
       Particularmente, antes do filme não tinha noção alguma de moda, não que tenha melhorado algo, mas deu uma certa clareza no que realmente é a moda. Mas que isso, o filme mostra como não podemos nos orientar na aparência e sim no conteúdo de cada um. Mas falemos de Gisele, sim senhoras e senhores, Gisele Bündchen está no filme, mas não espere ela desilando, ao contrário, ela apareceu exatas duas vezes em todo o filme e fala exatas 4 frases. Apenas isso. Lamental. u.u

    Sim, a de óculos é a Gisele

       Mas whatever, quem precisa da Gisele quando se tem uma boa história e um bom elenco, não é? Enfim, vamos seguir em frente. Outra grande participação nem tão grande assim é a de Val Valentino. Exato, o estilista. Agora você deve se perguntar, por que diabos colocaram o Val Valentino no filme? Bom, colocaram por que ele se convidou. Isso mesmo, Valentino pediu para participar do filme. Conclusão: uma das cenas é de um desfile de Valentino, onde a Miranda se encontra com o mesmo nos bastidores. tsc tsc Resumindo: O diabo veste Prada é um filme com moral no final e tudo mais, vale a pena ser visto.

    Quer um emprego?

    NOTA FINAL PARA O DIABO VESTE PRADA:

    REC - Um novo terror



    REC certamente foi a sensação do momento até a estréia de Atividade Paranormal, isso por que ele prende a atenção do espectador, que sempre fica tenso em saber o que virá depois. Porém o filme escolheu um tema já velho, zumbis. Hoje em dia, a maioria dos filme de terror/suspense usam zumbis, mas nem por isso REC fica para trás. Usando apenas um edifício como cenário, a tensão fica mais concentrada, diferente do Eu sou a lenda, onde o cenário de Nova York pós-apocalipse acaba deixando meio aberto.
    Enfim, vamos a sinopse. Ángela Vidal é uma jornalista que, juntamente com seu operador de câmera Pablo, faz uma reportagem em um quartel do Corpo de Bombeiros, na intenção de mostrar seu cotidiano. Porém o que aparentemente seria uma saída noturna rotineira de resgate logo se transforma em um grande pesadelo. Presos em um edifício, a equipe de filmagens e os bombeiros enfrentam uma situação desconhecida e letal.


    Por causa de uma criança com uma estranha doença, vários moradores se transformam em zumbis, atacando os bombeiros, os policias e a Ángela. Bom, não tem muito o que falar, por ser um filme-zumbi, é sempre igual. Então vamos até o final, onde a Ángela e seu parceiro são mortos por um monstro. É isso.
    Como já disse, é a mesma história de zumbi, então não chama muito a atenção. Mas o diferencial é o edifício, faz com que pareça mais claustrofóbico, mais difícil de sobreviver. Realmente é surpreendente o cenário. Geralmente filmes-zumbi escolhem cidades pequenas, maioria no deserto (Madrugada dos Mortos), mas é difícil ter apenas um prédio. Foi bom isso.


    Mas um ponto que não ficou bom é a calma dos zumbis. É impressionante que os humanos fiquem no hall de entrada e os zumbis nos andares de cima, sem ao menos se darem o trabalho de descer e atacar. Olha, coisa estranha. Whatever, o filme fez sucesso e já tá prometida uma continuação REC². vamos esperar para ver no que dá.
    Lembrando que é um filme espanhol. Isso mostra que filmes espanhóis têm potencial para se tornar um grande sucesso, como o oriental Uma Chamada Perdida que, embora categorizado como terror, está mais para suspense. Resumindo, REC é uma boa pedida para quem quiser renovar os conceitos de filmes-zumbi.



    NOTA FINAL PARA REC:

    Atividade Paranormal - Pouco gasto, muito lucro


       Muita gente falou de Atividade Paranormal, bem e mal. Da parte boa, era tido como "o melhor filme de terror", da parte má, "é apenas Bruxa de Blair versão caseira". Bom ou mal, o filme foi falado, comentado e assistido por muitos. Com um orçamento de apenas US$ 15 mil, arrecadou mais de US$ 100 milhões só nos EUA. O fato que surpreende é que o filme cresceu de boca em boca, já que nos trailers aparece uma mensagem pedindo para os espectadores pedirem o filme no cinema da região. Sensacional, não gasta nada com propaganda, só ganha com ingressos. Realmente, inovador.
       Mas vamos ao filme. Katie e Micah moram na Califórnia em uma boa casa, todos felizes e alegres. Micah compra uma câmera de vídeo para filmar os estranhos barulhos que soam pela casa durante a madrugada. Durante as filmagens é possível ouvir passos vindos do corredor, mas não é possível ver nada, pois está escuro (isso aumenta o medo e a tensão). Conforme vai passando as noites, os barulhos vão ficando mais altos, além da porta do quarto fechando do nada e o lençol levantando e tals.Não vou falar o final por duas razões: 1º o filme tem mais de um; 2º é chato falar o final dos filmes.


       O legal do filme é a escuridão e os barulhos. Você apenas ouve algo se aproximando, mas não vê nada, isso foi o ponto forte do filme. O fraco é a repetição da filmagem em primeira pessoa, presente em Cloverfield e Bruxa de Blair, embora no Atividade ele seja, digamos, mais convincente. Aliás, a casa do filme é do próprio diretor. Isso sim é economia.
       Fora isso temos a fabulosa frase sugestiva do cartaz: "Não assista sozinho". De primeira vista, você pensa ser a coisa mais assustadora que existe, se está dizendo para não ver sozinho, é por é grave. Mas eu assisti sozinho e o máximo que tive foi arrepios (naquelas horas em que os passos ficam mais próximos e param), onde geralmente é acompanhado por uma pausa de respiração, até que tudo volte ao normal.
    Trilha sonora não existe e achei isso ótimo. Se o objetivo é passar a ideia de realismo, de veracidade, não tem que ter música. Ora, se você filmasse um fantasma na sua casa, não teria como fundo a música do Exorcista. Resumindo: um filme inovador que pode atrapalhar seu sono.


    NOTA FINAL PARA ATIVIDADE PARANORMAL:

    O dia depois de amanhã - O aquecimento global em alta






       Talvez um dos filmes que mais falam do aquecimento global, além de Uma Verdade Incoveniente, de Al Gore, é O dia depois de amanhã. Mas tem fundo científico, o que ao contrário do filme 2012, dá credibilidade ao filme. Então vamos ao filme. Tudo começa na Antártida, onde um bloco de gelo gigante se solta do continente. Jack Hall, que coincidentemente estava no exato local local da separação do gelo, tenta avisar a vários diplomatas em uma conferência da ONU em Nova Déli, especialmente o vice-presidente dos EUA, sobre o que pode acontecer, mas não é ouvido. Então, uma chuva de granizos gigantes destrói Tóquio. Nesse meio tempo, Jack conhece o professor Terry Rapson, que trabalha em um centro de pesquisa na Irlanda, e o pede ajuda para desvendar o que está ocorrendo com o clima.
      Nesse meio tempo, Los Angeles é destruída por tornados e mais uma vez Jack tenta avisar o Vice-presidente sobre os perigos, sem sucesso. Enquanto isso, o filho de Jack, Sam, viaja para NY para uma espécie de olimpíada de questões entre colégios. Acontece que chovia três dias diretos em NY e a cidade já tava ficando debaixo d'água. Aí advinha né, NY é destruída. não, sério?


      Estou pra ver um filme-catástrofe onde NY não é destruída, temos meteoros (Armegeddon), ondas gigantes (Impacto Profundo), aliens (Independence day) e até mesmo um apocalipse-zumbi (Eu sou a lenda). Acho que apenas no filme O Núcleo, NY não é vítima. Mas enfim, continuemos. Desta vez, NY também é vitimada por um onda gigante, mas o porquê dela, não sei, não é dito no filme. Finalmente Jack é ouvido só agora? e pede que o resto do país seja evacuado para o México, o que acaba gerando conflitos e tals, não vem ao caso.
    Sam continua preso em NY, agora dentro da biblioteca por conta da onda e Jack decide salvá-lo. Foi então que uma espécie de tornado que puxa o ar frio da troposfera e congela tudo embaixo aparece em NY. No final, Jack salva o filho, a tempestade se dissipa e todo o hemisfério norte é congelado. É isso.


    Pois é, mais um filme destruidor de cidades americanas. Poderia melhorar um pouco, mudar locações e tals, por que destruir NY é fichinha, quero ver quebrar São Paulo, ou o Rio. Mas whatever. O diferencial é que o filme se baseia em teses científicas sobre o que o aquecimento global pode causar, e isso dá um ar de realidade ao filme. Segundo ele, o aumento de água doce nos oceanos, causado pelo derretimento dos pólos, é o responsável por tudo.
    Os efeitos são bons, mas não surpreendentes, é mais daquele tipo que "dá pro gasto". Fora isso, é a mesma mensagem ambientalista e talvez por isso o filme não funcione como deveria. Passou de filme-que-pode-fazer-você-pensar para mais-um-filme-catástrofe. Resumindo, o filme é bom, mas não atinge o objetivo.



    NOTA FINAL PARA O DIA DEPOIS DE AMANHÃ:

    28 de jan. de 2010

    Avatar - O iceberg que afundou Titanic


    Como todos já sabem, Avatar superou Titanic em bilheterias internacionais e se tornou o filme de maior bilheteria de todos os tempos. Mas, será que Avatar foi realmente merecedor disto? Ora, Avatar passou Titanic tão rápido, por que o preço dos ingresso em 3D é mais caro. E ainda mais, a bilheteria nem foi ajustada pela inflação. Se fôssemos converter o antigo dólar para o de hoje, o filme de maior bilheteria seria E o vento levou.
    Bom, vamos falar do filme. Avatar começa com um ex-combatente do exército americano, chamado Jake Sully, indo para um planeta chamado Pandora, no lugar do irmão gêmeo cientista que foi assassinado por um assaltante. Lá ele participa do chamado Programa Avatar, que cria avatares na'vi (o nome dos humanóides habitantes de Pandora) com base no DNA do cientista combinado com o DNA na'vi. Até aí tudo bem, ele ajuda o coronel a descobrir onde os na'vis podem ser atacados, etc e tal. Acontece que ele se apaixona por Neytiri, filha do chefe de um dos clãs na'vi. É aí que começam os problemas.
    Jake decide mudar de lado na batalha e ajudar os na'vis e quando tudo parecia perdido, Eywa, a divindade dos na'vis, faz com que os animais ataquem os humanos, tudo lindo e maravilhoso. Jake decide se tornar um na'vi e troca de corpo com seu avatar. Este é o filme.






    Curioso como o filme é semelhante com Pocahontas, a história real da índia que se apaixonou pelo colonizador. Várias passagens são quase idênticas em ambas as histórias, o mais curioso é o nome do personagem principal, Jake Sully, que lembra muito o colonizador, John Smith. Mas whatever, Cameron começou o roteiro na década de 90 e se não me engano, Pocahontas foi feito uns dois anos antes. Bom, plágio ou não, o roteiro não é forte. Nem ao menos cria expectativa. Na metade do filme, você sabe o final. Pior, no primeiro encontro com o general, você já sabe que no futuro ele vai se tornar vilão. Ah, outra coisa sobre o general, a imagem dele é o do puro-soldado-forte-com-cicatriz, nada inovador.
    A trilha não é lá esta coisa toda, apesar da música tema I see You, interpretada por Leona Lewis, ser até que boa, porém não tão marcante quanto My Heart Will Go On, de Titanic. Tanto é que Avatar concorreu no globo de ouro nas categorias Melhor Trilha e Melhor Música e perdeu.


    Fora isso, Avatar foi muito criticado, por instituições feministas que disseram que o filme é machista por que os na'vis machos têm mais massa muscular do que as fêmeas; foi também por instituições anti-fumo, por que um dos personagens fuma explicitamente no filme e por aí vai. Mas Avatar parecia imune a essas críticas, pois a cada semana era líder em bilheterias. E assim foi cavalgando até Titanic.
    Acho que a mais pesada crítica ao filme se resume em um novo tipo de "doença": a depressão pós-avatar. Várias pessoas atestaram que ficaram deprimidas depois de ver o filme, por que Pandora é tão maravilhoso, por que ser um na'vi é melhor do que ser um humano, etc etc. O ponto mais crítico foram as mensagens no fórum oficial do filme que prediziam suicídio. Em um destes posts, um carinha disse que pensou em suicídio imaginando acordar em um mundo tão maravilhoso quanto Pandora. Lamental u.u se quer viver no mato, como índio, vai pra a amazônia, é mais perto.

    Bom, os efeitos são um caso à parte. A maravilha tecnológica que Cameron trouxe para nós aproximou um pouco mais o cinema da realidade. Teve um momento no filme, durante o ataque à árvore-casa dos na'vis que foi tão bem feito que você acaba achando que o fogo é real. (tá, exagerei). Além disto, a tecnologia usada para pegar as expressões dos atores superou as anteriores. Já tinha visto outros filmes que usavam a mesma tecnologia, como A casa monstro e Expresso Polar, mas não era convincente. O 3D usado tão bem em Avatar chamou a atenção de Hollywood e vários filmes já estão destinados ao 3D, como as duas partes do filme final de Harry Potter e até possívelmente Star Wars.
    Cameron já anunciou o Avatar 2 e até uma possível trilogia. Lembrando que este diretor não é daqueles que ficam presos a um só filme, é possível que ele não dirija a continuação e sim um de seus amigos diretores, como George Lucas (será?). O que interessa é que assim como todos, Cameron ficou surpreso em ganhar o Globo de Ouro de melhor filme e diretor (particularmente, achei que Bastardos Inglórios ganharia), além de um tapinha nas costas e um "boa campeão". Sendo assim, Avatar ganhou oito indicações ao Bafta, que é tipo um Oscar Britânico e parece que vai levar o Oscar junto. A nós, resta esperar que depois de Avatar os filme se tornem mais realistas.




    NOTA FINAL PARA AVATAR:

    Sweeney Todd - Musical com um toque melancólico


    Sweeney Todd é um musical meio que diferente dos outros musicais da Broadway. Enquanto Chicago e Moulin Rouge são dançantes, Sweeney Todd não é nada alegre, mas sim melancólico quase ao extremo. Mas não é por isso que ST perdeu seu glamour, ao contrário, com um diretor já conhecido pelo modo "frio" de seus filmes, (Tim Burton) e um grande elenco que já está acostumado a trabalhar com ele (Johnny Deep e Helena Bonham Carter), o filme se garante.
    Bom, vamos ao filme. Um barbeiro chamado Benjamim Barker é casado com Lucy e tem uma filha chamada Johanna. Todos vivem felizes na Londres do Séc. XIX, até que um juiz, o juiz Turpin, se interessa pela Lucy e então exila Benjamim para poder ficar com sua mulher foi eficiente pelo menos. Benjamim então sai da prisão, depois de 16 anos, com outro nome, Sweeney Todd, dado à ele por ele mesmo. Seu objetivo é vingar seus anos perdidos ao lado de sua esposa, matando o juiz Turpin usando suas navalhas.


    Sweeney então encontra Mrs. Lovett, uma confeiteira que "faz as piores tortas de Londres", que trabalha no andar debaixo de sua antiga barbearia. Sem dinheiro para comprar carnes, Lovett usa animais mortos como recheio argh, até que eles Sweeney e Lovett têm a ideia bizarra de usar carne humana em suas tortas. Ele mata e ela cozinha. Vai entender. Nesse meio tempo, ele descobre que sua mulher se suicidou e que sua filha foi trancafiada pelo teria bruxo em uma torr- ops, história errada. Mas na verdade, o juiz Turpin realmente prendeu Johanna na mansão onde moram.
    A fábrica de tortas humanas continua até que surge a oportunidade de usar o juiz como recheio, mas até aí já teve sangue pra todo lado. No final, Swenney mata a mulher dele (exato, ela não morreu, mas ele não sabia disso, só descobre depois de ter matado), mata também a Lovett, jogando ela no forno e é morto com a mulher nos braços. Fim. Ah, detalhe: de todos os personagens, só dois não morrem no final, a Johanna e seu namorado, um marinheiro que ajudou Sweeney a voltar à Londres.


    Bom, ST é o típico filme do Burton: cinza, melancólico, com sangue, personagens quase fantasmas. è só lembrar de outros filmes dele como A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça, O estranho mundo de jack e Edward mãos-de-tesoura. Apesar disso, é uma história envolvente que nos faz perguntar "Quem é o próximo cliente?". As músicas são muito bem escolhidas, afinal, Sweeney Todd - O barbeiro demoníaco da rua Fleet é um musical da Broadway. Uma das coisas que Burton queria era que os atores cantassem, não dublês de voz. Houve um certa apreensão sobre Johnny, não sabiam se ele iria cantar ou não, mas cantou e foi uma surpresa a todos. Mesma coisa para Helena.
    Além disso temos a participação do Borat, ou melhor Sacha Baron Cohen no papel do Signor Adolfo Pirelli, outro barbeiro e a primeira vítima de Sweeney. O único ponto negativo do filme é o banho de sangue. Acho que se tivesse um pouco menos de sangue, o filme poderia ser contado da mesma forma, mas whatever, Burton quis assim, assim se fez.





    NOTA FINAL PARA SWEENEY TODD:

    20 de jan. de 2010

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